Apesar da derrota esmagadora de Kamala Harris e do Partido Democrata, a atual vice-presidente dos Estados Unidos recebeu apoio massivo de judeus nas eleições dessa terça-feira (6/11). A rival de Donald Trump, no entanto, perdeu espaço em dois dos dez estados com as maiores populações de muçulmanos do país, que foram decisivos na vitória do bilionário.

Uma pesquisa boca de urna realizada pelo Edison Research, divulgada pela rede NBC, mostrou que 79% dos judeus disseram ter votado pelo Partido Democrata, enquanto 21% escolheram o Partido Republicano de Donald Trump.

O número surge como um reflexo direto da cooperação entre a administração de Joe Biden e dos democratas a Israel que, além da guerra com o Hamas, entrou em conflito com o Hezbollah no Líbano e aumentou a tensão com o Irã nos últimos meses.

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Com a apuração norte-americana entrando na fase final, os dados ainda mostram que apesar do apoio dos EUA a Israel, Kamala Harris conseguiu manter o apoio conquistado pelo Partido Democrata nos dez estados que possuem a maior população de muçulmanos do país.

De acordo com a World Population Review, os maiores estados norte-americanos com população muçulmana são: Nova York, Califórnia, Illinois, Nova Jersey, Texas, Michigan, Maryland, Virgínia, Pensilvânia e Massachusetts.

Em relação a 2020, quando Joe Biden disputou o pleito com Trump, Kamala conseguiu manter a hegemonia democrata em Nova Iorque, Califórnia, Illinois, Nova Jersey, Maryland, Virgínia e Massachusetts.

No entanto, a candidata do Partido Democrata não conseguiu manter o eleitorado em dois dos sete estados-pêndulo que decidiram a eleição deste ano.

Na disputa de quatro anos atrás, os democratas se saíram vitoriosos no Michigan, que possuí uma população muçulmana estimada em 188 mil, e na Pensilvânia, com cerca de 149 mil seguidores da fé islâmica.

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Em Michigan, a projeção indica que Trump venceu Kamala por pouco mais de 80 mil votos, e levou os 15 delegados do estado. Já na Pensilvânia, que deu 19 votos no Colégio Eleitoral para o candidato republicano, a diferença girou em torno de 151 mil eleitores.

Fonte: Metrópoles