A fumaça, visível no horizonte, envolve prédios e reduz a visibilidade. Moradores relataram dificuldades respiratórias e uma sensação intensa de abafamento
Moradores de Manaus observaram, o retorno da fumaça sobre a capital amazonense. De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a qualidade do ar está em níveis considerados ruins, especialmente nas zonas Norte e Centro-Sul da cidade.
As leituras mais críticas foram registradas na Zona Leste, onde as partículas ultrapassaram 75 microgramas de poluentes por metro cúbico, indicando o nível “muito ruim“. A fumaça, visível no horizonte, envolve prédios e reduz a visibilidade. Moradores relataram dificuldades respiratórias e uma sensação intensa de abafamento.A situação afeta a rotina de quem circula diariamente pelas ruas da capital, como Dolores Lopes, que se desloca a pé e descreve o incômodo: “O ar fica muito pesado, dificulta até para a gente se locomover”, relatou a moradora.
Alessandra dos Santos, turista italiana que visita a cidade, surpreendeu-se com a paisagem encoberta. “É preocupante, não conseguimos ver o horizonte. A Região Norte está envolta em fumaça”, comentou.
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No Largo São Sebastião, Zona Sul de Manaus, o vendedor de água venezuelano Wilmen Souza compartilhou a necessidade de usar máscara para se proteger. “A fumaça tem afetado meus olhos, boca e garganta; é difícil respirar”, desabafou o ambulante. A situação, segundo ele, compromete não apenas seu trabalho, mas também a saúde de muitos que dependem das ruas de Manaus para o sustento.
Conforme mostra o Painel do Fogo, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), os focos de incêndio ocorrendo em tempo real estão concentrados na área rural próxima ao município de Careiro da Várzea, distante 23 km da capital amazonense. O registro é de uma área não designada na vegetação primária da Amazônia. A área de influência varia entre 49,9 e 293,2 hectares, com múltiplas detecções de focos (de 1 a 7) ao longo de dias e horários.
A duração do evento atingiu 48 horas nesta segunda-feira, 4, enquanto o índice de propagação varia entre 0 e 10,2 hectares por hora, indicando a velocidade com que o fogo se espalhou. A CENARIUM solicitou nota ao Corpo de Bombeiros Militares do Amazonas (CBMAM) sobre a situação atual no Estado, possíveis medidas de controle adotadas e orientações para a população local, e aguarda a resposta.
O Ministério da Saúde recomenda aumento da ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas, ajudando a protegê-las. É importante limitar o tempo de exposição e, sempre que possível, permanecer em locais ventilados, preferencialmente com ar-condicionado ou purificadores de ar.
Durante períodos de alta concentração de partículas, deve-se manter portas e janelas fechadas para reduzir a entrada de poluição externa. É preciso evitar atividades físicas em horários de elevada poluição e entre 12h e 16h, quando a concentração de ozônio é mais intensa. O uso de máscaras cirúrgicas, de pano, lenços ou bandanas é recomendado para reduzir a exposição às partículas maiores, especialmente para quem reside próximo a áreas de queimadas, aliviando o desconforto nas vias aéreas.
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Máscaras respiradoras como N95, PFF2 ou P100 são indicadas para reduzir a inalação de partículas finas. Essas orientações são para toda a população, com atenção especial para crianças menores de 5 anos, idosos acima de 60 anos e gestantes.
Fonte: Revista Cenarium